terça-feira, 18 de maio de 2010

Jorrar como quem jorra vida

Quer queiramos quer não as fontes jorram aquilo que têm de jorrar, eu só penso que tenho coisas para fazer, ténis para lavar, chuva para estender. Ora a minha vida é mais que me sentar a olhar pra o ontem prefiro estender as pernas sobre a nuca do meu primogénito e sonhar com dias de Verão no Árctico. É onde há pinguins não é?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pensamento do dia

Para lá do horizonte estão os despojos das quartas-feiras e dos feriados religiosos.

Eu tenho ...

Tenho um vaso, tenho dois vasos, tenho três vazos, tenho cinco vazos, tenho seis anos, tenho sete vazos, tenho oito vazos, tenho nove vazos, tenho onze coisas debaixo da cama, tenho quinze pássaros no estendal, tenho dezassete lágrimas num jarro, tenho trinta vazos, tenho trinta e um pães a apodrecer dentro de mim.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

a vida no limbo



























no limbo há maquinas de lavar roupa que tomam chá à beira-mar. Infelizmente ninguém me diz que oceano é aquele. e ainda me custa pintar com as patas

gato

A humanidade humano dos humanos humanóides, gente

Três homens passaram a rua de lá para cá e de cá para lá, mas não havia Sol e por isso esconderam-se debaixo da saia da mãe.
Só dois deles o fizeram pois o terceiro não tem mãe e por isso escondeu-se debaixo da saia de um trauseunte.

O melhor das pessoas é o recheio, por isso quando conheço alguém novo dou-lhe uma dentada. Se for sabor de morango nunca mais lhe falo.
A pessoa mais deliciosa que tive o prazer de conhecer sabia a menta com raspas de chocolate, infelizmente era uma pessoa absurda e tinha dois filhos fora do casamento.

A cidadã é aquela senhora de amarelo à esquerda do índividuo e à direita da aberração da natureza.

Conheci em tempos um gajo que não dizia "ai" nem "ui" dizia " por amor de Deus não toques aí que não tenho sensibilidade suficiente para apreciar o teu toque nessa zona em particular, mas se quiseres podemos beber um café."

A Estella voou no seu cavalo e lavou as mãos na luz

A Estella voou no seu cavalo e lavou as mãos na luz.
Com a luz acendeu os espirítos daqueles que esperam tempo demais numa fila de autocarro.
Derramou sobre eles sonhos e desejos de vingança.
Tinha coisas nos bolsos e detrás da parede tinha bocados de vizinhos e de conhecidos.
A Estella não tinha mais combustível e por isso deixou cair uns pingos de esperança sobre a televisão.
A televisão apaixonou-se pela menina de chapéu verde e pelo idoso com problemas renais.

A Menina
(oh o meu pobre gatinho!)

pessoas que vieram chorar o gato